segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A dança das cadeiras


Aconteceu - a “dança das cadeiras” geral, em vários portos Brasil afora.

Quem disse que em time que está ganhando não se mexe? No caso dos portos brasileiros, em que lamentavelmente a política fala mais alto, foi feita a troca das presidências e diretorias e, por conseguinte... superintendências, supervisores, gerências... e por aí vai.

Dá a nítida impressão que não importa se quem estava à frente deste ou daquele porto tenha ou não feito um bom serviço, importa, sim, satisfazer os partidos aliados.

Que as novas diretorias venham e causem uma grata surpresa, como foi o caso de Fabrízio Pierdomenico à frente da Diretoria Comercial e de Desenvolvimento do Porto de Santos. Torçamos para que aqueles que assumiram as presidências e diretorias nos vários portos brasileiros façam realmente um trabalho digno do porto que estiverem à frente e o façam crescer, desenvolvendo um trabalho sério e muito bem feito.

Temos que enfrentar uma questão cultural nossa, fazê-la cair por terra, e passar a ter consciência de que cargos técnicos devem ser ocupados pelos melhores técnicos, pessoas que realmente sabem o que fazem e não estejam vinculados a qualquer partido ou político. Se Fulano é o melhor, ele deveria ser indicado para o cargo, independentemente de credo, etnia, partido ou o que for, visar sempre o melhor para, no caso em questão, o porto.

É hora de mudança e nada podemos fazer, resta-nos acreditar que tudo vai melhorar e, caso não melhore, o jeito é arregaçar as mangas, trabalhar com afinco para ter moral e poder cobrar lá na frente, fazer com que os responsáveis repensem e tomem a atitude certa.

Neste primeiro instante, quaisquer diretorias assumindo nos vários portos ao longo da costa brasileira devem ter nosso apoio para que possam encontrar-se e começar a fazer um trabalho ético e correto.

O futuro dirá se o apoio continua ou não. Esperemos que sim.

Carlos Freire