domingo, 15 de novembro de 2009

Embarque no M/S NYK Busan


Clique na foto e assista ao vídeo de alguns contêineres sendo embarcados no Porto de Santos.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Barato ou qualidade

Lamentavelmente a crise está deturpando o bom senso de alguns empresários os quais parecem estar preocupados apenas com o custo - quanto mais baixo melhor - e estão deixando a qualidade em um plano bem inferior.

Pelo jeito, foi-se o tempo em que a qualidade e fidelidade tinham uma real importância e imperavam no mundo dos negócios. Exigia-se qualidade para obter-se um produto muito bom no final e o custo não era tão importante - claro que sempre houve a relação entre custo e benefício em que ambos tinham um peso ao se decidir, mas era algo feito com muito bom senso.

E o que vemos hoje em dia? O custo impera como o todo poderoso e, como consequência, temos valores bem abaixo do mercado com pseudo-profissionais executando tarefas importantíssimas que deveriam estar a cargo de profissionais gabaritados e remunerados à altura dos cargos e funções.

Com isso, encontramos em nosso porto navios afretados cujos comandantes sequer falam o inglês - caso de um navio chinês afretado por um grande armador do qual prefiro omitir o nome. Não havia a bordo alguém que falasse o inglês e a comunicação foi lamentável. Fato desconcertante relatado por um amigo de confiança e que foi o suficiente para elaborar este texto e pôr para fora um sentimento ruim.

Desta forma, acidentes começam a acontecer aqui e ali. São navios que colidem, contêineres frigoríficos que param de funcionar, pondo a carga em risco, verdadeiros "paus-velhos", sem a menor condição, transportando diferentes tipos de cargas e outras mazelas que somente prejudicam o bom serviço sempre prestado em nosso Porto.

O interessante é que as mesmas pessoas que optam pelo custo mais barato, quando vão encher os tanques de seus próprios veículos fogem dos postos em que a gasolina ou o álcool são vendidos por "precinhos camaradas" bem abaixo da média. Por que será?

Não deveria jamais haver dois pesos e duas medidas principalmente em um campo no qual a segurança tem de vir, obrigatoriamente, em primeiro lugar.

Como diz o velho chavão: "o barato sai caro". E sai mesmo.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Porto de Santos não é lixo


Lamentável o programa Repórter Record exibido no dia 26 de julho passado por aquela rede de televisão mostrando o Porto de Santos como se fosse uma ante-sala do inferno, onde só há coisas do mal acontecendo.

O programa da Rede Record limitou-se a mostrar um porto - e também uma Santos - do pior modo possível, como se na cidade e no maior porto da América Latina só houvesse drogados, prostituição, corrupção e outras mazelas que enfeiam o mundo.

Trabalho com o porto desde 1980. São quase 30 anos durante os quais presenciei muitas coisas boas, uma cidade portuária toda desenvolvendo-se por meio de um trabalho muito sério e um porto que merece o respeito de todos principalmente pelos sucessivos recordes de movimentação que vem batendo ao longo dos anos.

Muitos empresários vêm investindo pesadamente no porto, haja vista a recente aquisição dos portêineres pós-panamax feita pela Santos Brasil - Tecon -, mostrando que o Porto é de primeiro mundo.

Falhas há em todo lugar, inclusive na rede Record, afinal ninguém está imune a elas, todavia o programa mostra tudo como se o porto todo fosse uma tremenda falha. Algo do qual deveríamos manter distância. Errado!

Os viciados e as prostitutas eram constantemente indicados como se estivessem praticamente dentro do porto, como se o porto fosse culpado pela situação de cada um deles. Qual cidade não conta com um ponto de prostituição e de viciados? Não é uma prerrogativa exclusivamente santista.

Achei lamentável emporcalhar o Porto de Santos dessa maneira e fica uma dívida com a TV Record, confirmando ser uma rede de televisão séria - há de fazer uma reportagem mostrando o lado positivo deste que é o maior porto do Brasil e merece todo o respeito.

domingo, 31 de maio de 2009

Utopias no porto santista


Sem pessimismos!

Barnabé-Bagres? Ainda engatinha.
O túnel? Foi por água abaixo.
A ponte? Parece que vai sair.
O calado? Chegou a 13,3 metros... chegará a 15?
Valongo revitalizado? Quando será?
A perimetral? Não falta muito.

O Porto de Santos, há anos, vive de muitos sonhos de pessoas que até têm boa vontade e ideias, e outras que nem tanto. Algumas dessas ideias parecem que vão sair do papel e outras já foram para o espaço.

Talvez o maior projeto do Porto de Santos, o Barnabé-Bagres continua engatinhando. Um pequeno passo foi dado com a cooperação bilateral entre Brasil e China e a implementação do Memorando de Entendimento... Mais um pouco de espera por resultados mais práticos.

Do túnel nem vou falar nada, pois o projeto já tomou seu rumo em direção ao arquivo morto.

Ter uma ponte ligando as duas margens seria muito bom, mas não para os caminhões que transportam as cargas em direção ao porto ou do porto, mas sim para os automóveis e ônibus, que serão seus usuários. Isso, ao menos, livraria um pouco mais a Domenico Rangoni, mas, para o Porto seria suficiente?

A altura de 70 metros tem realmente de ser pensada. Em Vitória, quando ergueram a 3ª. Ponte, ligando Vitória a Vila Velha, fizeram-na com 70 metros e a grande maioria dos navios passa por ali sem problemas. Mas quando o Terminal de Vila Velha (TVV) recebeu seus portêineres, tiveram de esperar a vazão da maré, encher totalmente os tanques de lastro do navio que os transportava para, aí sim, ter condições de passar sob a ponte. Os portêineres post-panamax ora comprados pelo Tecon, passariam por ela?

A dragagem contratada pela Codesp conseguiu chegar a 13,3 metros de profundidade em vários pontos, possibilitando os navios a saírem mais carregados de nosso Porto sem correr o risco de encalhe.

Chegar a 15 metros é o grande "x" da questão. Tem gente que entende e acredita que nem os filhos de uma neta ainda não nascida verão o Porto com 15 metros. O negócio é torcer para que ele esteja errado e isso possa acontecer.

O projeto de revitalização da região do Valongo, trazendo o Porto mais para perto da cidade, com terminais de passageiros, restaurantes, marinas e complexos empresariais, entre outros, também parece estar no caminho certo. A Codesp já liberou a região para a prefeitura, conforme promessa do Secretário dos Portos, Pedro Brito, e há empresários interessados. Vamos esperar mais um pouco.

Quanto à perimetral, não falta muito para podermos usá-la aqui do lado da margem direita do Porto de Santos, enquanto que na margem esquerda, lá no Guarujá, o andamento está mais complicado. Mas um dia sai.

Tudo isso, aliado aos recentes investimentos da Santos Brasil - Tecon - com a compra dos portêineres post-panamax, equipamentos que podem operar simultaneamente 4/20' e aumentarão de forma substancial a movimentação do terminal e, por conseguinte, do próprio Porto, são boas notícias, mas infelizmente temos um problema geográfico de difícil solução - a não ser por mais um sonho utópico: os grandes navios não passam pela Ponta da Praia.

É isso mesmo, o Porto de Santos pode ter equipamentos e calado para receber navios de 30 mil TEUs (calma, sei que não existem... por enquanto), mas não fornece condições de esses navios entrarem no Porto pois simplesmente não conseguem fazer a curva que há no começo do canal do estuário - aquele cotovelo impede que o navio, que não faz curvas como um caminhão, por exemplo, entre no canal.

A nova utopia que dá indícios de surgir? Construir uma ilha artificial na barra de Santos e ali fazer um porto para os grandes navios. Acho que tem gente pensando que aqui é Dubai. Será?

domingo, 24 de maio de 2009

Embarque no Porto de Santos


Uma unidade de 40' sendo embarcada no m/s Iwashiro, Terminal Tecondi - uma filmagem feita pelo lado de mar, a bordo da uma das lanchas da Praticagem de Santos.
Filmagem feita em 22MAI2009.

Clique na imagem ao lado para ver o vídeo.


Ah sim, aguardo seus comentários.
Quem quiser utilizar o vídeo, sem fins lucrativos, é só baixar mas não se esqueça de indicar o crédito.
Abraços
Carlos Freire

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Tal qual o Hino Nacional


Até quando o Porto de Santos será um gigante adormecido?

Estará ele condenado a manter-se relegado em prol de uma política empeciva, impedindo seu bom andamento e desenvolvimento, dando prioridade a seus interesses e não àquilo de que o Porto realmente precisa?

Ficar deitado eternamente em berço esplêndido não cabe a um porto com muito espaço, tanto ocioso quanto para crescer, que precisa urgentemente ter um calado digno à sua capacidade operacional e, sobretudo, contar com profissionais que o coloquem em primeiro lugar.

Está na hora de “desafiar nosso peito” e exigir termos um porto realmente competitivo, não só por parte dos empresários que estão aí fazendo o que podem, mas principalmente pelo lado do governo que deveria, por exemplo, voltar a colocar em pauta o assunto regionalização para que a administração seja feita por quem vive o porto de perto e sabe onde estão os problemas e quais as melhores soluções.

Nada contra esta ou aquela administração. Não é isso que está sendo tratado, mas sim que é hora de deixarmos de lado cargos políticos e mantermos no leme pessoas independentes e totalmente comprometidas com o bom desenvolvimento do maior porto da América Latina.

Por exemplo: a partir da reeleição do presidente, sabíamos que haveria e houve a troca da presidência e diretoria - aliás, troca não, trocas, pois já tivemos dois presidentes empossados, mas... e se ele não tivesse sido reeleito? Com certeza também iria haver a troca, independentemente do trabalho que estivesse sendo realizado pela diretoria. Pois a política tem de falar mais alto e o Porto de Santos é uma moeda forte.

Temos um porto “gigante pela própria natureza” que precisa erguer “da justiça a clava forte” e ter seus direitos defendidos pelos filhos que não fogem à luta.