domingo, 21 de março de 2010

A ponte. Ora, a ponte...


Mais uma vez o assunto Ponte, ligação seca entre Santos e Guarujá, vem à tona nos noticiários, com todos os políticos “mexendo os pauzinhos”.

Guarujá, por intermédio da prefeita Maria Antonieta de Brito, apresentou uma alteração no projeto que atinge o lado daquele município, novidade que o governador Serra não levou sequer meia hora para aprovar. Rápido, não?

Com isso, o custo inicial de 500 milhões de reais, informado naquele maio de 2009, já passa para a casa dos 724 milhões e a tendência é que chegue ao patamar de um bilhão.

No Espírito Santo existe uma ligação seca entre a capital, Vitória, e o município de Vila Velha. Com 70 metros de altura, a chamada 3a Ponte, em sua essência, é bastante similar à que é objeto da proposta para o Porto de Santos.

Talvez a altura não seja a ideal. Olhando para um passado não tão longínquo, quando chegaram os portêineres adquiridos pelo Terminal de Vila Velha (TVV), o navio teve de ter seus tanques de lastro enchidos para que afundasse o suficiente, possibilitando passar por debaixo da ponte.

Aqui na Baixada, principalmente pela aquisição dos portêineres post-panamax feita pelo Tecon Santos, este problema está resolvido, haja vista que a alteração do projeto foi premiada com um ajuste na altura, passando de 70 para 80m metros com a maré cheia.

Já trafeguei pela 3a ponte no Espírito Santo e, em minha opinião, uma ponte dessas seria uma excelente saída para a ligação entre Santos e Guarujá.

Creio até que, vendo as alterações do projeto feitas pela equipe da prefeitura de Guarujá, com a alça da ponte saindo da Avenida Santos Dumont, ela bem que poderia receber caminhões em trânsito pelas duas margens de nosso Porto.

Sim, a Ponte seria uma ótima solução e uso o verbo no condicional pela simples razão de que, em minha opinião, infelizmente toda essa movimentação não passa de propaganda eleitoreira.

O próprio Xico Graziano, à frente da Secretaria de Meio Ambiente do Governo de São Paulo, disse em Santos: “acho que as obras vão poder começar já no final do ano”. Interessante, não? Logo após as eleições - isso lhe diz alguma coisa?

Espero sinceramente estar errado e queimar minha língua.


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