sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Paus Velhos

Pelas ruas de Santos, principalmente naquelas vias mais próximas do Porto, trafegam algumas peças de museu que há muito perderam a mínima condição de trafegabilidade.

São caminhões sem manutenção, com idade superior a 30 anos ou mais, com alta emissão de poluentes que, não se sabe como, até conseguem chegar ao destino.

Examinar um deles de perto é algo folclórico. O que podemos ver são peças adaptadas, desde cabos de vassoura, passando por trincos para manter as portas fechadas e chegando a caixotes fazendo as vezes de banco. Sem contar a "limpeza" do local.

Primeiro não dá para compreender como as licenças são renovadas, como passam na vistoria que, teoricamente, devem ser executadas com esmero. Segundo, também é difícil acreditar que as empresas contratam este tipo de equipamento, correndo o risco de a carga não chegar ao destino, atrapalhando e atrasando todo um esquema montado.

No caso dos contêineres há também um agravante. As carretas porta-contêineres também carecem de manutenção para suportar o peso de até 30t para os de 20' e até 32,5t para os de 40' e o que vemos são alguns milagres que fazem com que os cofres de carga não caiam na primeira curva ou buraco.

Há um tempo, um contêiner de vidro caiu na Praça Barão do Rio Branco justamente por ter o caminhão passado sobre um buraco e a carroceria não suportou o peso quando a carga inclinou, quebrando a barra de sustentação e derrubando o contêiner.

Aos trancos e barrancos, por aí vão eles, livres leves e soltos e para nós, pobres mortais, fica valendo a máxima: MANTENHA DISTÂNCIA!

De quem você acha que é a culpa?